quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Software Livre


Muito se fala na área de de tecnologia que a adoção do software livre será a solução dos problemas e que o mundo inteiro está se voltando para o software livre como se fosse a única e que tudo que fosse pago é seria apoiar o imperialismo.

O Software Livre não é tão livre assim e pretendo aqui, apenas suscitar um debate com base em projetos de conversão de software pago para livre, que no final descobriram que gastaram muito mais dinheiro, tempo e principalmente perda de eficiência.

Sistemas Operacionais são a alma dos micro-computadores, senão todos os programadores teriam que criar cada códigos de programação para acessar disco, impressora, monitor, etc. Quando a Microsoft criou o Windows ela fez mais do que um sistema operacional, ela criou funções para serem usadas pelos programadores para acessar recursos do sistema operacional, criou tecnologias como o ActiveX e o DirectX. Digo que o ambiente Windows permite uma interação para desenvolvimento e utilização do usuário final ótimos. Qualquer coisa que facilite a vida do usuário vale muito mais megabytes e megahertz de processadores, visto que o hardware está com os custos em queda. No final o que importa e a compatibilidade e manter seus investimentos.

O software livre, mas precisamente, o sistema operacional Linux, não é um sistema operacional único. Existem várias versões deste sistema operacional, cada um com características, interfaces, configuração próprias, prejudicando a implantação de um ambiente altamente personalizado e gera problemas de falta de padronização para o usuário final e isso é fatal para o gerenciamento de grandes redes.

A segurança é outro ponto questionável. Por ser um código aberto, voce poderia, teoricamente alterar o código para atender a sua necessidade. Será que pode mesmo. Eu nunca consegui fazer isso. Ultimamente o mercado escolheu o Windows mais seguro que o Linux. Se o Windows estiver bem configurado o máximo que se pode fazer e parar o sistema, mas invadir, isso é outra coisa. Visite sites de segurança e encontrará mais correções para Linux do que para Windows.

Empresas que que decidiram utilizar o Linux como solução vertical, todas decidiram mudar suas tecnologias para Windows., devido a falta de documentação padrão e falta de suporte. A documentação encontrada é feita de modo rebuscado, não havendo revisão, sendo que temos que descobrir como deverá ser feito e contar com ajuda de fóruns de discussão ou exemplos sem padrão algum.

Temos ainda a constatação, ainda que empírica, que só temos os casos de sucesso que mudança de ambiente para o software livre. E os fracassos ? Acho que muitas organizações não divulgam e muito menos os gerentes.

Os governos no Brasil estão com projetos para migrar 100% para software livre, mas sem estudos de casos, baseando somente as decisões em valores e tabelas de preços, negligenciando custos como suporte, migração, sistemas e principalmente dos usuários.

O custo de aquisição pode ser zero, mas o suporte é muitas vezes mais caro, e quando há algum problema, você não tem a quem recorrer. Lembrando sempre que o custo de um especialista em Linux é maior que o de Windows, aliás, muito maior.

Grandes empresas, como IBM, SUN, Dell, HP, estão investindo no software livre, mas interessadas em vender seus produtos., isso em bom, mas não esqueçamos que sem investimento, nenhuma tecnologia viverá por muito tempo.



Riberval Saraiva da Silva
Coordenadoria de Informática
Tribunal de Justiça de Rondônia
Office: + 55 69 3217-1022
Fax: + 55 61 3217-1200
e-Mail: riberval@tj.ro.gov.br

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Segurança da Informação

A título de conhecimento passo texto do Curso da Academia Latino Americana de Segurança da Informação/TecNet - Microsoft, o qual fiz parte, a respeito de Engenharia Social.

Abraços

Luiz Fernando Viscenheski
Analista de Suporte
TJRO



Academia Latino Americana de Segurança da Informação
Microsoft TechNet Brasil


É indiscutível que a preocupação com os aspectos tecnológicos associados à segurança da informação aumentou consideravelmente no mundo dos negócios. No entanto, são pouquíssimas as pessoas que avançaram na proteção de um dos elos mais fracos na cadeia de segurança, o fator humano. Isso permitiu que, utilizando técnicas de Engenharia Social, uma das antigas técnicas de invasão, fosse possível burlar os controles tecnológicos estabelecidos, simplesmente enganando as pessoas que possuem a informação requerida ou que conhecem a forma de chegar a ela.
Ocorre que a Engenharia Social consiste precisamente nas diversas técnicas com as quais se busca obter informações de outras pessoas sem que estas percebam que estão revelando informações importantes ou realizando ações não-autorizadas. Na realidade, associa-se muito ao que é a espionagem industrial ou corporativa. Um exemplo clássico é o do indivíduo que se faz passar por um alto executivo. Bem-vestido, com elegância e firmeza para falar, quem se negaria a lhe conceder um favor ou, ainda, uma ordem? Assim, ele obtém facilmente as informações ou realiza as ações que necessita para entrar no sistema, o que consiste, na verdade, em seu objetivo final.
A pessoa que entregou as informações fica feliz por ter ajudado ou em paz consigo mesma por ter atendido um superior, não ficando nem com a mais remota suspeita do equívoco cometido.
Presa fácil dessas técnicas são as pessoas que, sem considerar os controles de segurança, são muito confiantes, buscam sempre ajudar ou ser úteis sem avaliar a quem, ou se intimidam facilmente, por medo de perder algo ou ter problemas. Da mesma forma, também são sinônimos de vulnerabilidades a ignorância, a curiosidade excessiva, o manuseio descuidado das informações ou a tentativa de devolver falsos favores.
Em geral, a Engenharia Social tenta fazer com que essas pessoas realizem tarefas não autorizadas como parte de suas tarefas habituais de trabalho e de uma forma natural, para que não se dêem conta que estão apoiando uma ação indevida. Por isso, o primeiro objetivo do invasor é obter a confiança da vítima, que ele pode ganhar construindo uma relação baseada em conversas inocentes. Uma vez conquistada, ele continua a buscar as informações importantes que realmente busca. Não se pode confiar tanto nos outros. Não é necessário ser paranóicos, mas é realmente importante perceber que esses fatos são cada vez mais habituais e é fundamental ficar atento.
Uma boa forma de comprovar se estão fazendo algum ataque é recolher estatísticas de não cumprimento dos procedimentos. Por exemplo, analisar o número de pessoas que ligaram para o Suporte Técnico e aos quais não entregaram as informações porque eles não forneceram todos os dados de identificação solicitados. Outra maneira clara de ficar alerta é poder reconhecer certos sinais típicos de uma ação dessa natureza, como recusar-se a entregar informações de contato, ter muito cuidado, fazer menção a uma pessoa importante e intimar ou requerer informações esquecidas, para enumerar as mais comuns. De qualquer maneira, hoje em dia é fundamental educar, capacitar, sensibilizar e estabelecer políticas e procedimentos relativos a esse tema.
Uma forma de defesa contra esses ataques é conhecer os conceitos básicos que podem ser utilizados contra uma pessoa ou empresa a que ela pertence e que abrem brechas para conseguir dados. Com esse conhecimento, deve-se adotar uma atitude proativa que alerte e conscientize os funcionários para que comuniquem qualquer pergunta ou atitude suspeita.
Assim, as políticas de segurança devem ser realistas, com regras concisas e concretas que possam ser cumpridas.

Modelos, Normas e Padrões de Qualidade de Software

O que é Qualidade? Quando pode-se afirmar que determinado produto/serviço tem qualidade? Como se medir a qualidade? E em relação ao software? Como saber se um software tem ou não qualidade? Para responder estas questões, citaremos a definição da ISO (International Standards Organization), por meio da Norma Técnica ISO 9000:2000, que estabelece os fundamentos e vocabulário de um sistema de gestão da qualidade, e define qualidade como: “o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos”. Característica seria a “propriedade diferenciada”, enquanto que requisito é definido como “necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou obrigatória”.
O conceito de qualidade é um tanto complexo de se expressar, visto que, normalmente, a percepção de qualidade varia de acordo com as diferentes características, como ambiente, cultura, valores, etc. Em outras palavras, todas as definições, de uma forma ou de outra, fala de “satisfação da necessidade” ou “atendimento a requisitos”. Desta forma, as empresas, principalmente no setor industrial, já há algum tempo utilizam Modelos, Padrões e Normas de Qualidade definidos por organizações, associações e instituições, como ISO, IEEE (Institute of Electrical and Eletronic Engineering), INMETRO e ABNT. Em relação ao software, nas últimas duas décadas, com o surgimento e incorporação da Engenharia de Software tanto na academia quanto na produção, novos Modelos, Padrões e Normas de Qualidade específicos para a área de software foram paralelamente surgindo, como CMM/CMMI, ISO 12207, ISO 15504, ISO 9126 e MPS-BR, entre outros.
Assim como nos processos da Engenharia tradicional, o objetivo da Engenharia de Software é a melhoria da qualidade do seu produto com propostas de melhores práticas, técnicas, métodos de desenvolvimento de software. Então, as visões de avaliação da Qualidade de Software podem ser divididas em: Qualidade do Processo e Qualidade do Produto de Software.
Um dos grandes problemas históricos da área de software é o seguinte: o não cumprimento de prazos e de custos. Estudos mostraram que quando o processo de desenvolvimento não é bem definido, gerenciado, padronizado, normalmente resulta em um produto de baixa qualidade, seja por que demorou mais ou custou mais que o planejado, ou não atendeu aos requisitos anteriormente definidos, ou pior ainda, nem foi planejado. Diferentemente de um processo de produção industrializado, como a fabricação de um carro, por exemplo, o processo de desenvolvimento de software tem características que aumenta consideravelmente a sua complexidade (por enquanto, não é possível colocar robôs na linha de montagem), principalmente, para o desenvolvimento de software sob encomenda, como é o caso do TJ-RO, em que as soluções são propostas a partir das necessidades específicas do cliente/usuário.
Alguns modelos, padrões e normas para se avaliar a qualidade de um processo de desenvolvimento de software são os seguintes:
· ISO 12207 – padrão de termos, atividades e tarefas para o ciclo de desenvolvimento de software. Dividida em três grupos de processos: Fundamentais, de Apoio e Organizacionais.
· CMMI (Capability and Maturity Model Integration) – modelo proposto pelo Software Engineering Institute da Universidade de Carnegie Mellow, que certifica o nível de maturidade e de capacidade de processo de software em uma organização. É o sucessor do CMM e se constitui no padrão mundial de certificação de qualidade de software.
· ISO 15504 – também conhecida como SPICE (Software Process Improvement Capability ) é uma norma para avaliação da qualidade do processo, semelhante e compatível com o CMMI, que possui níveis de capacidade. É o padrão mais aceito na Europa.
· MR-MPS – modelo de referência do projeto MPS-BR (Melhoria do Processo de Software Brasileiro), proposto pela SOFTEX (Associação Brasileira para a Excelência do Software), que visa à certificação de qualidade do processo em níveis de maturidade, compatíveis com o CMMI, mas com foco na pequena e média empresa.
Quanto à visão de Qualidade do Produto, que é considerada como o resultado de um processo de desenvolvimento com qualidade, possui suas próprias normas, entre elas:
· ISO 12119 – norma específica para pacotes de software (também conhecidos como “software de prateleira”), que estabelece como os requisitos de qualidade devem ser representados e fornece instruções de como testar o produto de software em relação aos requisitos.
· ISO 25505 – nova versão da norma referente a pacotes de software, substituindo e atualizando a norma 12119.
· ISO 9126 – define um modelo de qualidade como referência na avaliação de qualidade do produto. Está subdividida em duas partes: um modelo para características externas e internas; e um modelo para qualidade em uso.
· ISO 14598 – define termos técnicos e fornece os conceitos e funcionamento do processo de avaliação de qualquer produto de software. Pode ser utilizada em complementação à norma ISO 9126.
Como questionamento final, fica a pergunta: como o Tribunal de Justiça de Rondônia pode tirar vantagens e implantar um processo de melhoria da qualidade de seu software? Fica aberto o debate e o espaço para um outro artigo que estou produzindo, aprofundando a visão da qualidade do processo de software.


Milcíades Alves de Almeida
MSc em Informática
Analista de Sistemas – COINF Ji-Paraná

Olá, Bruno

Muito legal a sua preocupação.

Deixa eu "colar" algumas coisas que coletamos no nosso workshop:

[OPORTUNIDADES]
Apoio da alta administraçãoApoio dos usuáriosNovas tecnologias (Software livre, Certificação digital ...)Crescimento profissionalReformulação do PCCS (colaboração na comissão)Ser referência de desenvolvimento de soluções para o Judiciário NacionalSecretaria T. I.Intercâmbio com outros TribunaisContatos com terceirizadosApoio do CNJ nas questões tecnológicasLegislação de incentivo à modernizaçãoCursos específicos e atuais
[FRAQUEZAS]
Recursos Humanos insuficiente.Pouco Planejamento e controle das atividades.Comunicação deficiente entre as divisões.Pouca Integração entre as divisões.Falta definição e implantação de metodologia de desenvolvimento de sistemas de informação.Falta definir e cumprir prioridades.Alta demanda de trabalho.Precisamos nos capacitar e aplicar metodologias em Gestão de recursos de TI
Desigualdade do conhecimento .ErgonomiaTratamento diferenciado (Acesso internet/gratificação).Baixa confiança no profissional (ouvir os dois lados em conflitos).Documentação de sistemas insuficientes.Não aplicamos os conhecimentos adquiridos em treinamentos.Pouco marketing dos produtos e serviços.Falta definição clara das atribuições por setores.
[FORTALEZAS]
Capacidade de superaçãoAdaptaçãoTrabalho em equipeEntusiasmo com o que fazemosComprometimentoAtualização profissionalBusca de conhecimentoUso de tecnologia de pontaApresentação de ótimas soluçõesCriatividadeDomínio de regra de negócioRecursos humanosRecursos tecnológicosRecursos financeiros FUJU
(Resumo)
Equipe setoriaisQualidade de recursos humanosComprometimentoÉticaRecursos tecnológicosRecursos financeiros do FUJU
[AMEAÇAS]
Mal da InternetUtilização de novas tecnologias (pen-driver, CD-R) – instalar programas com virus, copiar arquivos do TJRO,...Violação dos computadores (roubo de memória, etc..)Engenharia Social*Disponibilizar recursos p/ terceiros Uso de note-books particulares (perigo de infectar a rede com vírus).Consultoria externa (detectar um quantidade considerável de softwares não licenciados p/ o TJRO).Realocamento de equipamentos pelos usuários.

O pessoal da área de gestão diz que conhecer isso é bom. Devemos utilizar as oportunidades e as nossa fortalezas e atacar as ameaças e fraquezas.

Mas acredito que você esteja mais preocupado com os objetivos da área fim, o fundamento do Tribunal, aonde nos inserimos no contexto da MISSÃO e VISÃO do Tribunal de Justiça.

Acredito que nós devamos procurar conversar com os nossos usuários, sair de nossas cadeiras, da frente dos computadores e conversar, tentar capturar as necessidades do usuário. Não é fácil, pois o usuário-fim, o cartorário, o assistente e outros, tem geralmente uma visão particular dos objetivos do Tribunal de Justiça.

Temos que conciliar esta distância.

Primeiro tomar consciência da MISSÃO e VISÃO do Tribunal de Justiça (tomar consciência significa um pouco mais que conhecer).
Segundo, identificar as necessidades dos usuários.

A partir daí, conciliar as necessidades do usuário com a MISSÃO e VISÃO do TJ, esclarecendo ao usuário de que as suas ações devem estar alinhadas (estaremos colaborando com o Poder Judiciário para que as ações nas pontas estejam afinadas com o todo).

Isso fará com que entendamos o problema da criança a ser adotada, o problema da mulher que é maltratada pelo marido, o problema do cidadão que quer a JUSTIÇA CÉLERE, do ladrão que mesmo devendo estar recolhido na cadeia, ter condições de saber como anda a execução de sua sentença.

É CLARO que devemos nos preocupar com a nossa atividade profissional: analistas de sistemas. Prefiro pensar um pouco o termo "analista de sistemas" como "engenheiro de software". Devemos aplicar métodos, métricas, modelos e tudo o mais que for necessário para garantir a QUALIDADE de nosso produto condizente com a respectiva ESPECIFICAÇÃO.

No SIGA, no atual momento, estamos observando que o usuário final tem muita necessidade de fazermos interfaces mais simples. Pensamos muito nas exceções do sistema e aplicamos as exceções nas telas... só que 99,0% dos casos não são excessões (levantamos isso recentemente). Não significa esquecer as exceções, mas sim de tratá-las como o são. Teremos que rever isso conforme a necessidade do usuário (e aprender com isso, também).

Quanto à INOVAÇÃO.... bem, devemos ser criativos e para isso, entendo que devamos deixar a nossa mente vagar por idéias que até possam parecer absurdas. Devemos estar LIGADOS nas inovações tecnológicas para ver o quanto elas se adequam aos nossos propósitos. Devemos acompanhar também novas metodologias que são empregadas em diversas áreas, especialmente da computação e da gestão. Não adianta, contudo, saber e conhecer metodologias e tecnologias: devemos saber identificar até quanto elas se ajustam aos nossos processos de negócio, dimensioná-las, pesar os seus custos (pessoal, recursos financeiros, cronograma de implantação) e as vantagens. Verificar o momento se é oportuno para se caminhar nesta linha inovadora e saber articular com os canais certos o seu encaminhamento.

Entendo que esta seja uma visão particular do todo, e é uma das que me norteia atualmente.

Um FORTE abraço,

Sidnei

Como Inovar?

Como Inovar?Estive pensando caros colegas. Como atingir nossos objetivos quanto COINF?Me refiro aos citados em nossa última reunião, ou seja, tornar a justiça mais célere por meio de nossas atividades e os demais objetivos conhecidos.A pergunta que me veio incialmente é : Como Inovar?Sinceramente, sinto-me impotente perante a essa pergunta. Parece que minha principal carência é NÃO conhecer nosso negócio. Enfurnados em nossos computadores não vemos nada alem de linhas de códigos, diagramas e esquemas. A realidade, os verdadeiros problemas, parecem distantes e até inexistentes.Então me pergunto, quais os problemas do TJRO quanto a TI?Acredito que vocês, analistas de negócios devem estar mais por dentro desses assuntos, e como verdadeiros inovadores que são sugiro aqui a criação de um Comite de Inovação em TI no TJ para discussão desses assuntos... Seria interessante que isso fosse a diante, nem que as "reuniões" fossem via email e ele existe apenas virtualmente.O que pensam sobre o assunto?Bruno SpadetoAnalista de Microinformática

Como Inovar?

Em todos os artigos publicados no Blog, este assunto foi abordado, ainda que indiretamente. Vamos debater mais sobre isto! Inclusive explicitar as propostas. Esta semana, o vice-presidente inseriu um artigo sobre MPS.BR no blog. O Debate sobre MPS tem que ser nosso, lembremos as palavras do Des. Marcos Alaor em nosso WorkShop: Coinf proativa. Estou muito interessado em trabalhar primeiro PMBOK, que é voltado a gestão de projetos com uma visão mais genérica. Logo depois vamos melhorando os processos voltados à TI, inclusive aplicando MPS.BR. Quanto à criação da comissão para inovação de TI, vejo que isso realmente é indispensável ao cumprimento de nossa missão, entretanto é prioridade a designação da comissão de modernização da Coinf que entre outras coisas tem a missão de não deixar a chama apagar. Sabemos que outras tentativas de melhorar processos já fracassaram, portanto tem que existir um comitê específico, com competências e atividades bem definidas, para que interferências negativas não prejudiquem o trabalho.

Vamos fazer uma força para arrumar essa casa, colaborar e propor ações ao coordenador é um ótimo caminho, quem tiver idéias já registrem para o próximo encontro, que ocorrerá no Tribunal semana que vem. Quero reiterar minha sugestão sobre a criação de uma comissão permanente para trabalhar a implantação de metodologias de gestão de projetos, desenvolvimento e qualidade.

Uma coisa é certa, seja PMBOK, MPS.BR ou outro método de avaliação e melhoria dos processos, o ganho é geral, do Servidor da Coinf ao jurisdicionado. Produziremos com muito mais qualidade e satisfação. Àqueles que estão aí para pôr terra, A coinf é bem maior.


Tiberio Luiz - Analista de Sistemas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Prêmio Ibest

Caro Desembargador,
Nosso site, www.tj.ro.gov.br, está concorrendo ao Prêmio Ibest, onde está premiando os melhores da internet brasileira. Segue o link onde está o mesmo http://www.premioibest.com.br/ibest/busca.action?query=www.tj.ro.gov.br, para votar basta se cadastrar. É só preencher os seguintes dados no formulário: Nome Completo, Nome de Identificação e E-mail para contato em seguida um link será enviado ao seu email para confirmação do cadastro e uma senha será enviada em seguida e então o processo estará encerrado. Sugiro que seja postado no blog.
att
TIAGO FRANÇA SIQUEIRA
ESTAGIÁRIO
COINF/DIVISÃO DE APOIO/TJRO

Melhoria de Processos do Software Brasileiro

O MPS.BR ou Melhoria de Processos do Software Brasileiro, é simultaneamente um movimento para a melhoria e um modelo de qualidade de processo voltada para a realidade do mercado de pequenas e médias empresas de desenvolvimento de software no Brasil.

Ele é baseado no CMMI, nas normas ISO/IEC 12207 e ISO/IEC 15504 e na realidade do mercado brasileiro.

No Brasil, uma das principais vantagens do modelo é seu custo reduzido de certificação em relação as normas estrangeiras, sendo ideal para micro, pequenas e médias empresas.

Um dos objetivos do projeto é replicar o modelo na América Latina, incluindo o Chile, Argentina, Costa Rica, Peru e Uruguai.

O projeto tem apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia, do FINEP e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. No Brasil o projeto é desenvolvido pelo Softex, pelo governo e por universidades.

Motivação

O Brasil é um país cujo desenvolvimento de produtos de software está entre os maiores do mundo, e a cada dia, aumenta o nível de exigência por parte dos clientes no que diz respeito à qualidade e complexidade dos produtos. A partir deste ponto, podemos observar que as empresas estão buscando cada vez mais a maturidade nos seus processos de software para atingir padronizações de qualidade e produtividade internacionais, que são essenciais para a sobrevivência no mercado de TI.

Porém, o custo de uma certificação para uma empresa pode ser de até US$ 400 mil, o que se torna inviável para empresas de micro, pequeno e médio porte. Então, em uma parceria entre a Softex, Governo e Universidades, surgiu o projeto MPS.Br (melhoria de processo de software brasileiro), que é a solução brasileira compatível com o modelo CMMI, está em conformidade com as normas ISO/IEC 12207 e 15504, além de ser adequado à realidade brasileira.O modelo

O MPS.Br é dividido em 3 partes: MR-MPS, MA-MPS, MN-MPS.

O Modelo

MR-MPS: Modelo de referência para melhoria do processo de software

O MPS.BR apresenta 7 níveis de maturidade (o que é um diferencial em relação aos outros padrões de processo) que são:

  • A - Em Otimização;
  • B - Gerenciado quantitativamente;
  • C - Definido;
  • D - Largamente Definido;
  • E - Parcialmente Definido;
  • F - Gerenciado;
  • G - Parcialmente Gerenciado;

Cada nível de maturidade possui suas áreas de processo, onde são analisados os processos fundamentais (aquisição, gerência de requisitos, desenvolvimento de requisitos, solução técnica, integração do produto, instalação do produto, liberação do produto), processos organizacionais (gerência de projeto, adaptação do processo para gerência de projeto, análise de decisão e resolução, gerência de riscos, avaliação e melhoria do processo organizacional, definição do processo organizacional, desempenho do processo organizacional, gerência quantitativa do projeto, análise e resolução de causas, inovação e implantação na organização) e os processos de apoio (garantia de qualidade, gerência de configuração, validação, medição, verificação, treinamento).

Em seguida vem a Capacidade, onde são obtidos os resultados dos processos analisados, onde cada nível de maturação possui um número definido de capacidades a serem vistos.

  • AP 1.1 - O processo é executado;
  • AP 1.2 - O processo é gerenciado;
  • AP 2.2 - Os produtos de trabalho do processo são gerenciados;
  • AP 3.1 - O processo é definido;
  • AP 3.2 - O processo está implementado.

MA-MPS

Método de avaliação para melhoria do processo de software

Tem como objetivo orientar a realização de avaliações, em conformidade com a norma ISO/IEC 15504, em empresa e organizações que implementaram o MR-MPS. Avaliação MA-MPS:

  • Equipe de avaliação: 3 a 8 pessoas, sendo:
1 avaliador líder
no mínimo 1 avaliador adjunto
no mínimo 1 técnico da empresa
  • Duração: 2 a 4 dias;
  • Validade: 3 anos;

Estruturação da Avaliação:

  • Planejar e preparar avaliação
Plano de Avaliação / Descrição dos indicadores de processo;
  • Conduzir Avaliação
Resultado da avaliação;
  • Relatar resultados
Relatório da avaliação;
  • Registrar e publicar resultados
Banco de dados Softex (Ver portal MPS.BR nas 'Ligações Externas')

MN-MPS – Modelo de negócio para melhoria do processo de software

Instituições que se propõem a implantar os processos MPS.Br (Instituições Implementadoras) podem se credenciar através de um documento onde é apresentada a instituição proponente, contendo seus dados com ênfase na experiência em processos de software, estratégia de implementação do modelo, estratégia para seleção e treinamento de consultores para implementação do MR.MPS, estratégia para seleção e treinamento de avaliadores, lista de consultores de implementação treinados no modelo e aprovados em prova específica, lista de avaliadores treinados no modelo e aprovados em prova específica.

Cursos e certificação

A Softex realiza cursos para formação de consultores, compradores e avaliadores MPS.BR. São ao todo 4 cursos:

  • Curso de Introdução - C1
  • Curso de Implementação - C2
  • Curso de Avaliaçao - C3
  • Curso de Aquisição - C4

Periodicamente, são realizadas provas a nível nacional para certificar profissionais em cada um dos cursos descritos acima. Tanto os cursos e as provas são realizadas nos Agentes SOFTEX em cada estado, por exemplo:

  • SOFTEX Campinas (SP)
  • ITS (São Paulo - SP)
  • FUMSOFT (Belo Horizonte - MG)
  • RIOSOFT (Rio de Janeiro - RJ)
  • SOFTSUL (Porto Alegre - RS)
  • Entre outras

Próximos passos

O modelo MPS.Br tem como objetivo até junho de 2006 implementar o Modelo de Referência para melhoria de processo de software em 120 empresas. E como objetivos secundários, a disseminação em diversos locais do país, capacitação no uso do modelo e o credenciamento de instituições implementadoras e avaliadoras do modelo, especialmente instituições de ensino e centros tecnológicos e também a implementação e avaliação do modelo com foco em grupos de empresas. A avaliação conjunta de grupos empresariais, objetiva a redução dos custos, porém há uma perda de foco, pois não há uma especificidade para cada empresa e sim um mesmo modelo de referência para todas elas. O MPS.Br já é uma realidade, e dentro de alguns anos, existe um projeto de implantação em seis países da América Latina, são eles: Chile, Argentina, Costa Rica, Peru, Uruguai e Cuba.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008



Missão da Secretaria de Tecnologia da Informação
Prover a infra-estrutura de Tecnologia da Informação ao Poder Judiciário do Estado de Rondônia, e disponibilizar a informação para promover o conhecimento com confiabilidade, agilidade, segurança e ética
Visão da Secretaria de Tecnologia da Informação
Ser referência por contribuir de forma criativa, transparente e comprometida com o judiciário para a célere efetivação da justiça.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Consultores parabenizam iniciativa do TJRO e apontam soluções durante o I Workshop de informática

Excelente. Está foi a definição dada pelos consultores de informática Júlio Grillo e Celina Rolim Reis à iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia em realizar o I Workshop voltado para área de informática da instituição.

Militante na área de informática desde a década de 70 e fundador da Empresa Via Expressa Ltda, que atua no mercado tecnológico há mais de 15 anos, prestando serviços de criação sistemas, desenvolvimento e consultoria tecnológica para grandes empresas em todo o País, como por exemplo a Vale (antiga Vale do Rio Doce), Júlio Grillo disse que a Coordenadoria de informática, que será transformada em breve em Secretaria da Tecnologia da Informação, possui uma relação muito grande de projetos a serem desenvolvidos, e para atender a crescente demanda há dois caminhos.

O primeiro é buscar um maior relacionamento com outros Tribunais de Justiça, de maneira que possam ser trazidos para Rondônia, sistemas que vão ao encontro da necessidade e que já estejam implantados e em funcionamento. “Da mesma forma a Coinf do TJ de Rondônia poderia verificar quais são os sistemas que ela já desenvolveu e que não existem em outros Tribunais e fazer uma relação de permuta. Agindo dessa forma, certamente será oferecida uma maior quantidade de sistemas e soluções, num prazo mais curto e com a mesma quantidade de recursos”, sugeriu o Consultor.

O outro caminho está voltado para criação de uma área de organização e métodos, que ficaria responsável pelo levantamento de fluxos de informações, normas, procedimento e a execução de serviços prestados pela Coinf. “É de fundamental importância que sejam realizados seminários internos semestrais de reavaliação do planejamento, quinzenais somente com a equipe tecnológica e anuais com integrantes de outros Tribunais de Justiça, de maneira que haja uma troca de informações de sistemas, de desenvolvimento, para que todos possam saber o que esta acontecendo em torno da tecnologia de informação”, ressaltou Júlio Grillo.

A consultora Celina Rolim Reis, que trabalha na Empresa Via Cad Consultoria, aprovou a criação de um plano estratégico próprio para a Coinf, definindo linha e direção para que possa oferecer um serviço cada vez melhor para os seus usuários, tanto internos, quanto externos. “A Coinf existe para que o Tribunal de Justiça de Rondônia alcance o seu objetivo que é a prestação jurisdicional mais célere”, afirmou.

Celina Rolim ressaltou ainda o apoio incondicional da administração do TJ, que está disposta a investir em sua área de informática. Segunda ela, isso demonstra uma preocupação com a melhoria dos serviços a serem prestados. “Podemos afirmar que a participação da cúpula do Poder Judiciário no processo de desenvolvimento, certamente trará ótimos resultados”, concluiu.

O I Workshop de Informática do Tribunal de Justiça de Rondônia aconteceu nos dias 8 e 9 de fevereiro, no Centro de Treinamento do Poder Judiciário Estadual, e reuniu aproximadamente 70 servidores, entre técnicos e analistas de sistemas, além do Vice-Presidente do Tribunal, Desembargador Walter Waltenberg Silva Junior e dos juízes auxiliares da Presidência e da Corregedoria Geral da Justiça.

\ Assessoria de Comunicação Institucional do TJRO

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

I Workshop de Informática da Justiça Estadual tem início nesta sexta-feira (8)

O Tribunal de Justiça promove sexta-feira (8) e sábado (9) o I Wosrkshop de informática da Justiça Estadual, no Centro de Treinamento do Poder Judiciário, em Porto Velho. O evento será aberto pela Presidente do Tribunal, Desembargadora Zelite Andrade Carneiro, e reunirá 65 servidores da Coordenadoria de Informática do TJ (Coinf), entre técnicos e analistas de sistemas, que vão discutir as metas estratégicas do Sistema de Informação a serviço da justiça e projetos para o biênio 2008/2009 nas áreas judiciária e administrativa.

Os organizadores do Workshop destacam a oportunidade de compartilhar experiências e mostrar soluções práticas e objetivas para problemáticas da área de informática . Como convidados, participam Júlio César Dutra Grillo e Celina Rolim Reis, renomados consultores e palestrantes, com várias especializações do conhecimento científico, como doutorado, coordenação de cursos e de grandes empresas.

O encerramento do encontro se dará na tarde de sábado, com a participação de magistrados e servidores, usuários dos diversos sistemas de informática, que discorrerão sobre suas necessidades e avaliação sobre os serviços oferecidos pela Coinf.

\\ Assessoria de Comunicação Institucional TJ RO

domingo, 3 de fevereiro de 2008

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ÂMBITO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RONDÔNIA

Alberto Ney Vieira

Hoje em dia, não conseguimos imaginar o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia funcionar sem o seu parque de informática, que atingiu todas as comarcas instaladas no Estado de Rondônia. O que necessitamos é que se adotem medidas para que os recursos disponíveis através da TI – Tecnologia da Informação - sejam efetivamente utilizados, agilizando ainda mais a prestação jurisdicional.

A adoção e o uso da TI pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia trazem diversas vantagens, e uma delas é a otimização dos processos internos, o que proporciona celeridade dos processos judiciais e administrativos.

Neste sentido, os recursos disponibilizados pela TI devem ser explorados de acordo com o planejamento estratégico e alinhados à proposta do Tribunal de Justiça, pois, do contrário, se utilizados apenas de forma emergencial, só irá gerar custos desnecessários.

Hoje a TI se tornou uma questão de sobrevivência em todas as instituições. Se analisarmos a quantidade de programas desenvolvidos internamente para a diminuição de gastos, veremos que este é o momento de redução de custos e, por sobrevivência, devemos buscar sempre o ajuste de foco nos objetivos e controle de atividades desenvolvidas pelo Tribunal.

Saber se a plataforma de TI está posicionada estrategicamente com o Tribunal de Justiça é uma questão que deve estar na cabeça da Alta Administração do Poder Judiciário, mas também os custos, que são comprometidos pela área, devem ser examinados minuciosamente. Medir esses dados é difícil, pois, de certa forma, a TI é intangível e o conhecimento da atividade, muitas vezes, é restrito.

Hoje é comum ouvir falar que os investimentos feitos pela Empresa ou Órgão X em tecnologia de ponta foram em bilhões de reais, mas é indispensável saber se o valor aplicado supriu as necessidades; se o montante sofrerá modificações posteriores pela falta de conhecimento prévio do negócio ou se apresenta soluções harmônicas com o alinhamento estratégico do Tribunal e com os seus planos para os próximos 10, 20 ou 30 anos.

Essas soluções extremas e rápidas para gestão da área são anunciadas todos os dias, mas buscar meios mais eficientes e de custo acessível, que demonstrem qualidade, são pontos que devem ser considerados, “nem sempre o serviço com custo mais alto, é o ideal para ser utilizado”.

Como o Tribunal vai atingir o êxito, se implantar qualquer sistema de gerenciamento? A dúvida sempre existirá. Nada garante a sobrevivência do seu objetivo para o qual foi criado e o investimento de milhões de reais poderá ser perdido.

Implantar ou reestruturar a TI no Tribunal necessita de um estudo complexo da gestão, avaliação dos projetos em execução, dos objetivos do próprio Tribunal e de todos os itens necessários para que determinado projeto alcance o sucesso esperado. Caberá a Alta Administração avaliar os aspectos estratégicos; os recursos físicos; os recursos lógicos - como hardwares, servidores e os compartilhamentos de redes -; e os recursos humanos competentes para as atividades.

E ainda, estudar quais os softwares e sistemas é mais compatível à gestão do Tribunal, estabelecer políticas de privacidade e segurança, optar ou não pela adoção do sistema de telefonia Voip - Voice over Internet Protocol ou, em português, “Voz sobre o Protocolo da Internet – IP”, para economizar os custos de comunicação.

Como se não fosse o suficiente, deve ainda examinar os recursos humanos que terão que gerir a área, que nada mais são do que “alma do Tribunal”, pois tudo o que acontece diariamente em todas outras áreas, como serviços, recursos humanos, finanças, gestão, atendimento ao cliente, afeta o cliente final – o jurisdicionado. A competência e a disponibilidade de profissionais especializados para atender o que o Tribunal necessita é de extrema importância para o atingimento de seu objetivo maior.

O acesso a TI, e de todos os benefícios que pode trazer às organizações, não pode ser considerado fácil, pois exige competência, visão e profissionalismo. Depois da implementação ou ajustes necessários, o que determinará êxito na área é o alinhamento à gestão e uma análise constante pelos gestores, verificando os pontos a sofrerem processos de melhoria contínua.

Desenvolvimento com engenharia: um caso de sucesso

Sidnei Feliciano

No início de março de 2007 recebemos na área administrativa uma solicitação da Ouvidoria para o desenvolvimento de um sistema que controlasse as mais de 8000 manifestações que recebiam anualmente, gerando um resultado estatístico do que foi realizado, acompanhando o encaminhamento e as soluções dos problemas apresentados.


No processo de análise, a primeira etapa foi o estudo de viabilidade. Procuramos sistemas que pudessem atender à necessidade, inclusive em outros Tribunais. Não encontramos nenhum que se adequasse. Esta pesquisa se extendeu por cerca de um mês na busca, teste e análise de softwares.


Decidiu-se, então, iniciar o projeto do software. Após diversas entrevistas com a equipe da Ouvidoria, modelamos uma série de casos de uso e documentamos em mais de 15 especificações. A documentação foi produzida toda com o MS-Word, inclusive os protótipos de tela.


Para auxiliar no processo de análise e aperfeiçoamento dos modelos, produziu-se um site em HTML permitindo que o usuário visualizasse os resultados e a interação das telas. A ferramenta utilizada foi o NetObjects Fusion.


Produziu-se também como resultado desta etapa um modelo UML (Unified Modeling Language) conceitual, no qual podia-se mapear o contexto em que se inseria o sistema de Ouvidoria no ambiente estrutural do SIGA. Usamos o NetBeans como ferramenta UML para a geração dos modelos conceituais.


Esta etapa da análise, arquitetura e projeto da especificação durou cerca de 4 meses de muita modelagem e conversa com o usuário.


Com a aprovação dos requisitos, entregamos a documentação para apreciação do Rafael para que este identificasse o nível de complexidade de cada artefato e pudesse estimar o tempo para implementar cada um.


Já que não possuímos uma referência de métrica de software (como o cálculo de pontos de função), optamos por definir três níveis de complexidade: fácil, médio e difícil, atribuindo para cada situação uma quantidade de dias para realização.


Também encadeamos os artefatos na sequência necessária, como por exemplo, primeiro fazer o módulo de cadastro de manifestações, para depois fazer o módulo de encaminhamento.


Como ferramenta adicional para esta etapa, utilizamos o MS-Project.


Produzimos então, com a ajuda do MS-Project, três cronogramas: um para o desenvolvedor (mais apertado), um para o gestor do projeto e um outro mais longo para o usuário. Desta maneira, teríamos facilidade para gerenciar as dificuldades características da nossa área (atraso de cronograma é ruim especialmente para o usuário).


O Rafael foi alocado para o sistema de Ouvidoria logo após concluir algumas implementações no SIGA. Um situação não foi prevista no cronograma: as férias em dezembro do Rafael. Contudo, este imprevisto não afetou o projeto, recaindo na gestão do cronograma do gestor. O prazo para a entrega ao usuário é em março e o Rafael, depois que voltou de férias, está para liberar o sistema para a fase de testes.


Acredito que teremos a capacidade de entregar o sistema dentro do prazo. E ainda, vencendo um paradigma que sempre me assustou: o problema do cronograma que nunca é cumprido.


Confio este sucesso na metodologia empregada, oriunda de uma área na qual acredito que devemos nos apegar mais: a Engenharia de Software.


A Secretaria de TI e os novos tempos.

Tibério Luiz

Passando a integrar a equipe de TI do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia – TJRO no final de 2003, deparei-me com um exemplo claro de que o negócio público é levado a sério, que realmente existem pessoas comprometidas com a qualidade e eficiência na aplicação dos recursos públicos, sempre com vistas ao cidadão, ví isso em várias áreas do TJ, não apenas na Coinf. Vindo da iniciativa privada, com uma breve passagem pelo executivo, possuía uma imagem negativa do serviço público, mesmo assim decidí encarar de frente este desafio. Hoje tenho certeza que em muito me enganei ao achar que encontraria pessoas acomodadas e sem comprometimento.


Vejo que fazemos parte da elite de TI do Estado de Rondônia e certamente muito a frente da maioria dos tribunais estaduais e federais, conquanto saibamos que ainda estamos muito aquém de nossa real capacidade e temos um longo e tortuoso caminho a percorrer.


Não convém, nem será objetivo deste artigo, apontar fontes ou responsáveis pelos nossos erros, ao contrario disso, identificá-los, de forma a suscitar o debate, tão necessário neste momento ímpar que atravessamos. Como sabemos, anualmente o número de feitos distribuídos no Judiciário Rondoniense aumenta exponencialmente, em 2007 foram cento e oito mil casos novos só no primeiro grau e hoje é inconcebível atender esta crescente demanda sem uso efetivo da informática, fato que eleva a área de TI, como elemento estratégico para a Administração do Tribunal. Como co-responsáveis diretos pelo sucesso da Coinf, é momento de reconhecermos as falhas e buscarmos juntos as soluções que precisamos. Sabemos que as opiniões apresentadas neste artigo não serão compartilhadas por todos, mas isso realmente foge ao seu objetivo, é inevitável estimar um crescimento e melhoria do setor de TI sem identificar claramente seus problemas.


Quando falamos de problemas e erros da Coinf, de pronto pensamos em infra-estrutura, ambiente de trabalho, investimentos, capacitação, grande demanda de trabalho, salário, etc... É claro que temos que pensar nesses temas, mesmo assim os considero pormenores diante do quadro real temos em relação à gestão de projetos, processos organizacionais, planejamento, organograma entre outras questões que refletem mais fortemente nos resultados de nosso trabalho. Vamos por exemplo pensar em capacitação, recordo que no ultimo ano realizamos cursos de PMI, UML, teste de software, Java, Oracle Application Server, entre outros, que somados ultrapassam 20 cursos. O Tribunal tem atendido satisfatoriamente nossos anseios o que já foi um ponto positivo, contudo faço um questionamento, quanto desses cursos estamos aplicando em nosso quotidiano? A resposta quase unânime será: pouquíssimo ou nada. No ponto: investimentos, anualmente um bom recurso financeiro oriundo do FUJU é destinado à área de TI, temos em vigor desde 2001 a LEI estadual 1004, que sugere à administração o uso preferencial de software livre, porém, boa parte do recurso, utilizamos em licença de softwares, inclusive estamos há um ano no processo de compra de um software para UML, o uso de VOIP já é realidade em muitas corporações e até domestico, e nós ainda não avançamos neste sentido. Enquanto isso, nossa rede em muitas comarcas e em alguns pontos da capital é inadequada à nossa demanda. Outro tema é a demanda de trabalho, indubitavelmente incompatível com o tamanho de nossa equipe, é necessário mais pessoal de apoio ao usuário, analistas de requisitos, analistas de desenvolvimento, analistas de testes, gerentes de projetos, ocorre que sempre assumimos novas tarefas, mesmo sabendo que haverá comprometimento de projetos em andamento, e que não conseguiremos honrar os prazos e não será possível dispensar o tempo necessário à prestação do serviço com a qualidade necessária o que interfere inclusive na estima da equipe.


Vejamos estes sintomas, aparentemente os grandes vilões. Nosso problema real vai além desses pormenores, vejo que estamos esquecendo mesmo de planejar e organizar melhor nossas ações, estabelecermos metas quanto às mudanças em nossos processos internos, imagine como é difícil planejar os cursos e outros investimentos para o futuro, se não sabemos para onde vamos. Por que não utilizamos UML? Por que fizemos um curso de PMI e não montamos uma equipe de projetos? As respostas são várias: Ainda não temos a cultura do planejamento, o nosso modelo de gestão atual requer modernização, faltou vontade e patrocinador para conduzir esta mudança. Realmente estou falando de mudanças radicais e toda expectativa de mudanças provoca receio e não é fácil acontecer, infelizmente não há mais como adiar este processo de modernização da Coinf e de gestão de TI, pois estamos às vésperas de um estouro na demanda de todos os serviços em nosso estado e com o Judiciário não será diferente. Não quero dizer com isso tudo, que a Coinf está parada, apenas afirmo, que podemos e devemos melhorar a qualidade e eficiência de nosso trabalho, nos sacrificando para implantarmos definitivamente a gestão efetiva dos projetos-PMI, modelos de gestão de TI mais modernos como COBIT, ITIL, mudanças em nosso organograma, etc... e tenho certeza que este Workshop será um divisor de águas no rumo da Coinf e de pronto sugiro que este ocorra ao menos uma vez por ano, se possível, semestralmente.


Um Assunto que deve ser bastante debatido neste workshop é o nosso foco no planejamento estratégico do Tribunal, a Coinf precisa ser um órgão que presta serviço ao Tribunal, com vistas em qualidade e sempre em sintonia com o Planejamento estratégico, temos que estabelecer metas e procurar seguir a risca o PDI e o Planejamento estratégico. Observamos que durante o curso de nossos projetos, coisas novas surgem, novos projetos são iniciados, prejudicando mortalmente nosso PDI e pouca reação ocorre por parte da Coinf, neste sentido temos sim, que trabalhar também esta problemática. Outro ponto delicado é que a Coinf precisa ser um órgão técnico, consultivo e respeitado, não raro uma vaidade é acolhida em detrimento de uma análise técnica e normalmente quando isto ocorre, muito desperdício de trabalho é gerado. Isso só poderá ser alterado, através da mudança de perfil de nossos colaboradores e não adianta conjeturar quanto ao coordenador ou algum diretor, esta mudança dependerá de todos, como num time e através de normas que teremos que propor à administração.


Quando realizamos o curso de Gestão de Projetos-PMI, imaginamos como poderíamos implantar tantas técnicas importantes que vão da gestão de escopo, pessoal, controle de qualidade, comunicação ... em nosso ambiente? Se iniciarmos uma das áreas de conhecimento por semestre, poderemos chegar lá. Porém para isso acontecer, sacrifícios serão necessários, teremos que estudar mais, sacrificar algum ou alguns projetos do Tribunal, tudo isso com vistas em um órgão de TI mais eficiente e maduro num futuro próximo, capaz de atuar a altura da necessidade do judiciário Rondoniense.

Um assunto interessante que desejamos abordar é quanto a troca de tecnologia entre órgãos da administração pública. Em 2007 elaborei e através da coordenadora de informática enviei um email à todos os diretores de TI, informando que deveríamos conversar mais sobre certificação digital e assim tivemos apoio do TJMS e do TJRS, preparamos e mandamos também um oficio ao STF solicitando apoio quanto ao carimbo de tempo e também obtivemos resposta, hoje a infra-estrutura de carimbo de tempo do STF está a nossa disposição e com isso economizaremos só de investimento inicial, mais de R$300.000,00. A EC 45 de 2004 foi um marco importante nesse sentido, hoje o CNJ está fomentando essa integração de forma natural, não mandatória, um exemplo claro está no desenvolvimento do sistema projudi e mais ainda com a Resolução 46, que estabelece as tabelas processuais unificadas de classe, assunto e movimento para o judiciário estadual. Esta campanha deve ser abraçada por nós de Rondônia, podemos levantar a bandeira de desenvolvimento conjunto de projetos, o ganho é para todos. Uma oportunidade que temos é o desenvolvimento de projetos como o Sap Segundo Grau Virtual, julgamento virtual, um sistema de apoio a decisões com consultas à base de julgados, leis, etc...

Outro assunto relevante, é a nossa remuneração, sabemos que existem órgãos da administração que pagam menos que o TJ, da mesma maneira sabemos que somos mal remunerados se comparados a outros tribunais. Na prática a questão salarial é muito relativa e depende diretamente da estratégia da Administração quanto ao rumo de TI, cada profissional possui seu valor, o TJRO no ano passado perdeu três excelentes profissionais de TI e poderá perder muito mais, porquanto o bom profissional vai para quem pagar melhor. Neste sentido temos que mostrar à administração que somos os melhores e fazer entender que órgãos que pagam menos não são referência para nós, estes não possuem o mesmo perfil profissional da Coinf. Ratificamos sem medo de errar, que a Coinf reúne uma das melhores equipes de TI do Estado, senão da Região Norte, com imensa perspectiva de crescimento, e por isso este assunto tem que ser considerado prioridade.


Como podemos ver, o caminho será longo, e neste primeiro workshop, poderemos debater temas como: a reestruturação da equipe, análise de aptidões individuais, criação de equipes ad hoc para cada projeto, mudança no organograma, adoção de técnicas de gestão de projetos modernas, normatização de uma metodologia de desenvolvimento e padronização de ferramentas, investimento em um ambiente mais adequado para nosso trabalho, criação de mecanismos para motivar a equipe, continuação do programa de capacitação profissional, remuneração, integração com outros TJ´S e principalmente a criação de um grupo de trabalho independente, para fomentar e conduzir toda essa mudança. Juntando estes temas aos propostos pelos outros colegas e diretores, teremos muito a refletir e a construir.



Para finalizar, faço questão de elogiar a Coinf, que mesmo com todas as dificuldades, têm desempenhado um papel fundamental para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, atendendo com presteza às necessidades do Poder Judiciário e ratificar que temos todos os recursos para transformar a Coinf em uma grande equipe, produzindo e atendendo com muito mais qualidade e eficiência, apenas quebrando paradigmas, implantando novos processos e aplicando técnicas modernas de gestão, sem a ilusão que isso aconteceria em curtíssimo prazo. E desejo à todos e a Coinf a benção de Deus e muito sucesso.


Um forte abraço à todos,


Por:Tiberio Luiz


Colaboração: Tarik Kamel



O Papel da TI na Sociedade

Riberval Saraiva da Silva



Desde a aurora das civilizações o ímpeto incessante do ser humano pela busca do conhecimento levou-o a aprimorar seus meios de comunicação.

No começo do que alguns pregam ser a quinta era da humanidade ocorre uma revolução jamais vista nos meios de comunicação disponíveis. Isso deve-se prioritariamente à invenção de uma nova ciência, um novo paradigma no estudo da transmissão da informação, a informática.

Há uma grande discussão acerca da abrangência dessa nova ferramenta de conhecimento. A Tecnologia da Informação, também conhecida pela sigla de TI, hoje permeia todos os campos científicos, estando presente em nossas vidas mesmo em funções imperceptíveis como um simples acender de luzes ou um revigorante banho quente.

Para adequar-se a essa nova etapa da evolução humana as instituições voltam-se cada vez mais para a informatização de suas atividades, procurando reduzir o tempo de seus afazeres diários através de programas de computador e parques de máquinas cada vez mais extensos e podoresos. Tal fato permite aumentar a eficiência na gestão de negócios e instituições diminuindo o custo de cada tarefa e o do seu produto final.

Na máquina pública a TI tem um papel igualmente importante, aumentando a transparência nos processos públicos e fiscalizando com maior rigor a sociedade com ferramentas de integração entre os três poderes e aumentando a capacidade de investigação das instituições de segurança pública com banco de dados e estatística apuradas.

A busca por conhecimento também é facilitada para as camadas mais baixas da sociedade, uma vez que se obtém a mesma quantidade de informações pelo mesmo custo, tanto para os ricos quanto para os pobres. A inclusão digital é uma meta a ser perseguida a qualquer preço a fim de dirimir a distância educacional entre as camadas mais ricas e mais pobres da sociedade.

As vidas dessa geração foram afetadas indelévelmente pela chegada da informática, e os recursos que ela oferece estão apenas na infância de seu potencial, tendo apenas pouco mais de meio século de existência.

Todo conhecimento está ao alcance de um click de mouse e assim caminhamos para o 3º milênio de exisistência com mais capacidade do que em nenhum outro momento na história para enterdemos a nós mesmos e ao próximo e a Tecnologia da Informação será motor para as mudanças no porvir.

Início

Walter Waltenberg

A idéia de organizar um encontro de trabalho para discutir o futuro da tecnologia da informação na Justiça do Estado de Rondônia nasceu na primeira reunião da equipe que hoje dirige a coordenadoria de informática do Tribunal de Justiça.

A incrível velocidade das mudanças tecnológicas que informam a gestão de processos faz com que a busca de novos caminhos se imponha para manter sempre atualizadas as soluções que visam acelerar a prestação jurisdicional, atividade fim do Poder Judiciário.

Esse encontro visa a identiicação de nossa identidade, enquanto gestores de TI. A que viemos, é a pergunta. Qual o noso futuro? Qual o futuro da informática, no ambito dos tribunais? Como poderemos fazer melhor o que fazemos hoje? Em que atualizar nosso Plano Estratégico? O que temos de Governança em TI?

Partimos de um ponto incontestável: a nata do conhecimento tecnológico de Rondonia está entre nós. O resto é reestruturação, visão de futuro, coordenação firme e apoio, muito apoio, para que alcancemos as metas que esperam de nós.

Que nossa discussão seja proveitosa!