TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ÂMBITO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RONDÔNIA
Alberto Ney Vieira
Hoje em dia, não conseguimos imaginar o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia funcionar sem o seu parque de informática, que atingiu todas as comarcas instaladas no Estado de Rondônia. O que necessitamos é que se adotem medidas para que os recursos disponíveis através da TI – Tecnologia da Informação - sejam efetivamente utilizados, agilizando ainda mais a prestação jurisdicional.
A adoção e o uso da TI pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia trazem diversas vantagens, e uma delas é a otimização dos processos internos, o que proporciona celeridade dos processos judiciais e administrativos.
Neste sentido, os recursos disponibilizados pela TI devem ser explorados de acordo com o planejamento estratégico e alinhados à proposta do Tribunal de Justiça, pois, do contrário, se utilizados apenas de forma emergencial, só irá gerar custos desnecessários.
Hoje a TI se tornou uma questão de sobrevivência em todas as instituições. Se analisarmos a quantidade de programas desenvolvidos internamente para a diminuição de gastos, veremos que este é o momento de redução de custos e, por sobrevivência, devemos buscar sempre o ajuste de foco nos objetivos e controle de atividades desenvolvidas pelo Tribunal.
Saber se a plataforma de TI está posicionada estrategicamente com o Tribunal de Justiça é uma questão que deve estar na cabeça da Alta Administração do Poder Judiciário, mas também os custos, que são comprometidos pela área, devem ser examinados minuciosamente. Medir esses dados é difícil, pois, de certa forma, a TI é intangível e o conhecimento da atividade, muitas vezes, é restrito.
Hoje é comum ouvir falar que os investimentos feitos pela Empresa ou Órgão X em tecnologia de ponta foram em bilhões de reais, mas é indispensável saber se o valor aplicado supriu as necessidades; se o montante sofrerá modificações posteriores pela falta de conhecimento prévio do negócio ou se apresenta soluções harmônicas com o alinhamento estratégico do Tribunal e com os seus planos para os próximos 10, 20 ou 30 anos.
Essas soluções extremas e rápidas para gestão da área são anunciadas todos os dias, mas buscar meios mais eficientes e de custo acessível, que demonstrem qualidade, são pontos que devem ser considerados, “nem sempre o serviço com custo mais alto, é o ideal para ser utilizado”.
Como o Tribunal vai atingir o êxito, se implantar qualquer sistema de gerenciamento? A dúvida sempre existirá. Nada garante a sobrevivência do seu objetivo para o qual foi criado e o investimento de milhões de reais poderá ser perdido.
Implantar ou reestruturar a TI no Tribunal necessita de um estudo complexo da gestão, avaliação dos projetos em execução, dos objetivos do próprio Tribunal e de todos os itens necessários para que determinado projeto alcance o sucesso esperado. Caberá a Alta Administração avaliar os aspectos estratégicos; os recursos físicos; os recursos lógicos - como hardwares, servidores e os compartilhamentos de redes -; e os recursos humanos competentes para as atividades.
E ainda, estudar quais os softwares e sistemas é mais compatível à gestão do Tribunal, estabelecer políticas de privacidade e segurança, optar ou não pela adoção do sistema de telefonia Voip - Voice over Internet Protocol ou, em português, “Voz sobre o Protocolo da Internet – IP”, para economizar os custos de comunicação.
Como se não fosse o suficiente, deve ainda examinar os recursos humanos que terão que gerir a área, que nada mais são do que “alma do Tribunal”, pois tudo o que acontece diariamente em todas outras áreas, como serviços, recursos humanos, finanças, gestão, atendimento ao cliente, afeta o cliente final – o jurisdicionado. A competência e a disponibilidade de profissionais especializados para atender o que o Tribunal necessita é de extrema importância para o atingimento de seu objetivo maior.
O acesso a TI, e de todos os benefícios que pode trazer às organizações, não pode ser considerado fácil, pois exige competência, visão e profissionalismo. Depois da implementação ou ajustes necessários, o que determinará êxito na área é o alinhamento à gestão e uma análise constante pelos gestores, verificando os pontos a sofrerem processos de melhoria contínua.
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